quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Das coisas idiotas

Copiando algo legal do blog de uma certa pessoinha...

Risque as coisas idiotas que você já fez:

1. Fingir que Tic Tac é cápsula de remédio.
2. Apostar corrida com o locutor da tele-sena no comercial falando os números sorteados.
3. Desenhar um relógio no braço.
4. Tampar o ralo do chão do banheiro pra fazer uma piscininha.
5. Comer Trident com papel porque “papel de Trident é comestível”
6. Fazer a proeza de enfiar o dedo no próprio olho sem querer.
7. Ficar entortando aquele lápis verde, e quebrar.
8. Apostar corrida de gotas na janela do carro quando tá chovendo.
9. Sonhar que foi pra aula pelado, ou sem uma parte da roupa.
10. Apagar tudo que estava escrevendo, quando vê que a outra pessoa está digitando alguma coisa no MSN.
11. Tentar equilibrar o interruptor de luz no meio, entre aceso e apagado.
12. Tirar uma nota melhor que o Nerd da sala sem ter estudado.
13. Abrir uma nova guia na internet e esquecer o que ia fazer.
14. Fingir que está fumando aqueles palitinhos salgados “Stiksy” da Elma Chips.
15. Ficar mordendo o copo de plástico depois de beber o que tinha dentro, depois rasgar em várias tiras pra fazer um sol.
16. Deixar sempre o volume do rádio/tv em um número redondo ou múltiplo de 5. 
17. Ficar com preguiça de colocar um rolo novo de papel higiênico no lugar e deixar ele solto na pia.
18. Ficar desconfortável quando está assistindo TV ou um filme com os pais e começa uma cena de sexo.
19. Falar mal de alguém para outra pessoa e descobrir que era um parente/amigo dela.
20. Responder algo para alguém que está na sua frente e descobrir que a pessoa não estava falando com você.
21. Tirou o recheio de todas as Trakinas do pacote pra depois comer tudo de uma vez.
22. Esqueci o Twitter aberto por 15 minutos e quando voltei tinha 159 tweets pra ler.
23. Sentir a necessidade de apertar uma tecla sempre que passa perto de um teclado ou piano.
24. Sonhar que está tentando correr e mesmo assim se mover vagarosamente.
25. Desligar o plugin do MSN que mostra a música que você tá ouvindo para ouvir musicas toscas escondido.
26. Gritar “Aeeeee” quando a luz acaba.
27. Quando era pequeno, fingir que estava dormindo quando chegava de carro em casa, pra ser levado no colo pra dentro.
28 Ficar falando coisas obscenas ou besteira quando um amigo está falando com os pais no telefone.
29. Abrir o freezer e ficar feliz ao ver o pote de sorvete, abrir e ver que é feijão congelado.
30. Colocar caixinha vazia de Chiclets Adams/Clorets no dedo indicador.
31. Na hora de digitar a senha errar uma letra e apagar tudo só pra ter certeza.
32. Escrever uma risada gigante no MSN mesmo sem estar rindo.
33. Dar umas 5 chineladas em uma aranha. Ela nunca morre na primeira, começa a se retorcer, e vc tem que acabar logo com o sofrimento.
34. Estar assistindo algo super legal na Tv, e mudar sem querer tentando aumentar o volume.
35. Ficar se coçando com uma caneta e só depois de um tempão ver que se riscou inteiro porque a ponta tava pra fora.
36. Falar pra mãe do seu amigo, que estava sem fome, mas estava com muita fome.
37. Tentar cortar um pedaço de carne com uma faca ruim, quando finalmente consegue, o pedaço sai voando do prato junto com o arroz.
38. Achar que está ganhando de alguém no videogame até descobrir que a sua tela era a de baixo.
39. Se molhar inteiro quando tenta lavar uma colher.
40. Se olhar no espelho no final do dia/aula e perceber que ficou o dia inteiro com o cabelo zoado, ou com alguma coisa na cara.
41. Querer digitar “!!!!!!!” e aparecer um “1” no meio!!!!!1!!
42. Levar mais tempo procurando o controle remoto do que levaria para simplesmente levantar e ligar direto na TV.
43. Colocar o braço perto da TV só pra ver levantar os pelinhos do braço.
44. Tentar pegar uma coisa que está caindo e derrubar outra.
46. Quando a vida tá muito complicada querer voltar no tempo, quando as únicas preocupações eram ganhar Tazos e acompanhar Pokémon.
47. Quando era pequeno, acordar cedo, pegar um cobertor e ir para a sala assistir desenho
48. Ficar com raiva de si mesmo quando queima a língua.
49. Quando tem alguém concentrado contando alguma coisa, ficar falando números aleatórios, só pra confundir.
50. Quando pequeno, querer ter uma entrada para o quarto igual do Nino do Castelo Rá-Tim-Bum.
51. Achar que a prova/teste foi fácil… até receber a nota.
52. Ter vontade de engolir o Bubbaloo vermelho.
53. Roubar dinheiro no banco imobiliário.
54. Se sentir FODA quando abre o livro na exata página que o(a) professor(a) pediu.
55. Colocar o celular no silencioso quando pedem pra desligar.
56. Contar quantas pessoas têm na sua frente pra saber qual questão você vai ter que responder pro(a) professor(a).
57. Zoar um professor substituto junto com a turma inteira.
58. Fazer uma lista mental de todas as cagadas que você fez nas últimas semanas, quando o pai/mãe fala:“Precisamos ter uma conversa”.
59. Ficar na tensão quando alguém vem e fala: “Preciso falar com você…”
60. Gostar quando acontece uma cagada enorme mas no final tudo fica bem, e você ganha uma história boa pra contar pra todo mundo.
61. Ir dormir Domingo esperando a próxima Sexta-feira ou feriado.
62. Ficar muito feliz quando tem uma pergunta no teste, que dá a resposta para outra.
63. Derrubar gelo no chão e chutar pra de baixo da geladeira, pra não precisar pegar.
64. Antes de ir dormir, contar quantas horas vai ter de sono até ter que acordar.

Meo.. que engraçado... risquie 40 de 64 (não tenho certeza, porque é muito chato contar... daí depois de perder a conta umas 2 vezes, decidi contar as frases sem riscar heheh), curiosamente, o mesmo número que a menina do livro riscou..

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Do "eu não sou cachorro não"

Sabe quando tem um cachorro deitado... com a maior cara de desânimo... e passa um carro...?!
quase que instantaneamente o bicho sai correndo atrás... late.. mostra os dentes... gruni... persegue o carro por quadras até ficar pra trás... Daí volta... com aquela cara de mal... como se dissesse "ah se não tivesse fugido...".

Agora faça uma experiência, pare o carro. O cachorro fica sem saber o que fazer...
Ele não tinha esperanças verdadeiras de pegar o carro... ele só corria atrás...

Tá, a analogia não é a melhor do mundo, mas  conheço gente assim.. que corre.... corre atrás... e quando finalmente consegue aquela oportunidade que tanto procurou... não faz nada...


Não sei se fazem intencionalmente... ou se só não sabem o que fazer com uma oportunidade real...
Talvez, assim como o cachorro, não queriam realmente pegar o carro... só querem cativar algo...
Simplesmente por cativar...

O problema está no fato de que ao contrário do carro, quando isso se passa com pessoas, passa a haver sentimentos envolvidos... e no final, todo mundo acaba machucado...

domingo, 5 de setembro de 2010

Dos dias ruins



Todo mundo tem dias ruins. Seja um pneu furado no meio da chuva, ou uma panela de pressão que não funcionou do jeito que se esperava. A questão não é o que te acontece, mas como você lida com isso.

Nem tudo tem um lado positivo. Por exemplo, atear fogo na árvore de natal quando tinha 7 anos não me ensinou nada, a não ser que plástico queima mais rápido e solta mais fumaça do que madeira. O jogo é aceitar que nem todos os dias serão bons... que nem todas as pessoas gostam de você... e que provavelmente vai chover no feriado...

Tem mais a ver com as razões que estão por trás de tudo... Não se trata do número de amigos que vão à festa com você, mas sim de quantos sobram pra te carregar pra casa depois...

Enfim, todos temos bons e mals dias... o que vale é o quanto você aproveita dos bons... e as histórias que tem pra contar dos ruins.

sábado, 14 de agosto de 2010

Da covardia...



Cansei de ver gente reclamando por não conseguirem o que querem, que a vida não é justa, que a bunda da vizinha/da namorada do vizinho é maior...

A vida de ninguém é fácil, todo mundo em maior ou menor escala tem seus problemas... claro que tem alguns fdps sortudos que travam batalhas menores: pra ser a mais bonita da festa, pra ter o carro com o motor mais barulhento, etc. mas será mesmo que isso é uma boa coisa?! ou será que lutar pelo que queremos faz parte do nosso amadurecimento?!

Quero dizer, não consigo respeitar alguém que foge de todas as batalhas. A minha opinião sincera é que alguém que não luta por um sonho, não merece realizar esse sonho!

sábado, 3 de julho de 2010

Do amor...

Ah o amor.... esse sentimento poderoso que faz a gente ter vontade de ser alguém melhor... em vez desses trastes que costumamos ser eheheh

Como sou um cara justo, o post de hoje vai com duas imagens... uma bonitinha e romantica.. e outra mais ao estilo "tô sozinho em casa num sábado a noite" heheheeh


P.S. a imagem bonitinha é tradução minha, então perdoem prováveis possíveis erros de gramática e/ou física

domingo, 27 de junho de 2010

Now, with videos...

Muito bem classe. Hoje vamos aprender um pouco sobre o oxigênio.


Oxygen from Christopher Hendryx on Vimeo.

sábado, 26 de junho de 2010

Da pinga...

Listen boy, when you kill brain cells with alcohol, the others work better.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

quinta-feira, 10 de junho de 2010

terça-feira, 8 de junho de 2010

domingo, 16 de maio de 2010

Do paradoxo


Vi essa imagem numa camisa do Leonard (TBBT) a umas duas temporadas... mas só agora com mais algumas aulas de aromáticos entendi...

P.S. tentei escrever sobre parodoxos, mas só me vieram assuntos como o amor.. e me recuso...

sexta-feira, 7 de maio de 2010

De porque eu acredito que o mundo precisa de mais palhaços



“Se tivesse acreditado na minha brincadeira de dizer verdades teria ouvido verdades que teimo em dizer brincando, falei muitas vezes como um palhaço mas jamais duvidei da sinceridade da plateia que sorria.” (Charles Chaplin)

As pessoas podem ser chatas, espertas, perdidas, confiantes, precavidas, tolerantes, avoadas... enfim, as pessoas são diferentes, cada uma tem seus sonhos e desejos... suas escolhas e virtudes. Então como é que não nos matamos uns aos outros? A resposta é simples: mesmo sendo diferentes, de uma maneira ou de outra, todos queremos a mesma coisa - ser felizes.

Há várias maneiras de cultivar a alegria. É nesse contexto que, para mim, deveriam haver mais palhaços. Não especificamente no sentido literal, a fantasia colorida e o nariz vermelho são dispensáveis... me refiro a pessoas com a capacidade de despertar a melhor parte dos seres humanos, pessoas bem humoradas, com aquele talento misterioso de pôr um sorriso no rosto de qualquer um.

Chaplin já dizia que um homem pode viver sem muitas coisas, pode passar por várias privações... mas caso perca a alegria de viver, perde o que lhe torna humano.... ou seja, um homem não morre quando deixa de viver, mas quando deixa de sorrir.

terça-feira, 4 de maio de 2010

Das aranhas

Hoje tive a felicidade de fazer uma prova de Orgânica...Estava fazível, mas - como sempre - me enrolei demais no começo tentando fazer tudo com capricho e no final tive que correr pra não me tomarem a prova, ou seja, da metade pra frentre fiz tudo nas coxas com pressa.

Escrevi algumas besteiras, mas o mais triste foi a síntese que tem no final de cada uma das provas dessa disciplina, a famosa "aranha"... fiz a minha em 7 minutos....  porque eu achei fácil?! Não! porque foi todo o tempo que me sobrou pra tal...

Com isso apareceu de tudo... desde reagentes que não podem existir até reações inventadas na hora... mas a minha parte favorita foi o meu reagente mágico... O:
isso encaixava certinho na minha rota e juntava tudo de uma maneira fantástica... só tem um inconveniente: é derivado do ácido fórmico, o qual não existe na prática.... ¬¬'


Mas taí a molécula... que eu só fui pensar em como fazer, quando tava no oníbus enquanto voltava pra casa:


sexta-feira, 30 de abril de 2010

Dos planos e presepadas

Uma ideia na cabeça, uma decisão e uma atitude.... pronto! você tem um plano.

Nunca fui muito do tipo que planeja as coisas, mas alguns tombos que levei me ensinaram que é essencial se preparar pra tudo que o acaso reservar. Desde pequenas coisas como organizar os horários pra aproveitar melhor o tempo, até assaltos a banco tendem a ser mais eficientes com um um bom planejamento.

O plano nem sempre é simples, as vezes se precisa passar por cima das nossas próprias manias e certezas, mas é aí que está a beleza da coisa: com um bom plano pode-se alcançar coisas que antes pareceriam impossíveis.

Esse texto deve estar parecendo totalmente sem lógica nem nexo (e, de fato, o é), mas o ponto aqui é que se você realmente deseja alguma coisa, não adianta ficar sentado esperando que seus sonhos se realizem sozinhos, pois as respostas não caem do céu.

O meu plano mestre de vida sempre foi bem, digamos, relaxado, o que - aliás -  já me botou em algumas enrascadas desnecessárias. Já fiz muita besteira nessa vida, já quebrei coisas caras,  perdi oportunidades, magoei e saí magoado... já deixei gente importante ir embora, já comecei incêndios sem querer... já tive vontade de voltar o tempo, queria ter ficado calado quando disse o que não devia e queria ter falado o que não falei. Mas apesar de tudo, não tenho grandes arrependimentos, as cicatrizes que trago são como troféus de uma boa vida e, provavelmente, não seria quem sou se não tivesse tropeçado, caído e levantado tantas vezes. É só que poderia ter passado mais tempo aproveitando aquele pôr do sol de outubro de 1999 ao invés de fazer aquela lição que deixei atrasar.

É por tudo isso que eu digo: viva uma vida sem arrependimentos, aproveite o momento! mas não esqueça que depois desse, vem outro... e outro... e mais um... Não espere o dia em que será velho e cheio de  coisas que queria ter feito, lugares que gostaria de ter ido, pessoas que teria conhecido... seja um tiozinho maneiro, cheio de histórias pra contar.
Se você tem um sonho, algo que queira mais do que qualquer outra coisa, seja uma viagem, uma carreira, uma pessoa ou aquele pote de sorvete de 5 Kg que você viu quando era criança... tire a bunda da cadeira e faça alguma coisa!

Este é o meu plano!

sábado, 24 de abril de 2010

Cálculo, meu eterno martírio...



Mas pra mim a lógica tá certa....

Das pessoas que eu trago na vida

Hoje foi um bom dia, não fiz nada de produtivo, então tive bastante tempo pra praticar meu hobby favorito: pensar em coisas aleatórias.
Hoje recebi um email de um amigo de outros tempos, dos tempos em que eu jogava tênis na rua com um fio de telefone amarrado de um lado a outro da rua e táboas de cortar carne como raquetes (mas essa é uma outra história). Na verdade foi um spam enviado por algum virus que ele pegou provavelmente baixando o conteúdo de um daqueles "veja as minhas fotos" ou "você é nosso cliente numero 9999, clique e receba seu prêmio". O email em si não significou muito, mas me fez pensar um pouco, pensar em quantas pessoas a gente conhece na vida... e quantas continuam com você.

Acho que dos meus tempos de infância, ainda falo com poucas pessoas, um gesto com a cabeça quando cruzo com alguém pelas ruas da vizinhança ou um "ôpa" quando nos esbarramos por aí. Não é que tenha deixado de gostar de nenhum deles, foi só o tempo fazendo a parte dele.. levando cada um pro seu caminho. Com os colegas de escola foi parecido, posso contar nos dedos as amizades que sobreviveram aos anos, mas essas irão, sem dúvida, durar pra sempre.

Li certa vez que uma pessoa é tão boa quanto aqueles que tem ao seu lado. Fiz disso o meu lema de vida. Um bom exemplo é a faculdade... sou apaixonado pelo que faço, aprendi e aprendo coisas muito, mas muito legais mesmo lá... só que a melhor parte, sem dúvida, são as pessoas... bons amigos, de um tipo que é raro hoje em dia, amigos que te dão a mão quando você precisa ou que te mandam à merda quando merece.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

sábado, 10 de abril de 2010

Das histórias de infância I

Hoje, enquanto estudava pra uma prova na qual já sei que vou me ferrar,  comecei a pensar nas minhas cagadas historias de infância. Vou contar uma das que foram mais tensas pra mim. Como essa história envolve pessoas com quem não tenho mais contato, vou alterar os nomes para evitar constrangimentos. Essa história é sobre meu amigo Fernando, grande Fernando, amigo que jamais será esquecido.

Numa tarde quente de janeiro do século passado, meus amigos e eu resolvemo ir nadar no rio... pois não era muito longe e estava fazendo muito calor. Todos curtiram a idéia, menos eu que estava com medo da surra que ia levar se minha mãe descobrisse que eu saí sem a permissão dela. Mas como estava realmente muito calor, resolvi ir.

Chegando lá, disse pra mim mesmo que tinha valido a pena, porque todo mundo estava se divertindo e fazendo bagunça. Lá por umas 18:00h, resolvemos voltar, porque logo iria escurescer. Quando estamos quase chegando, alguém dá por falta do Fernando... tipo, ninguém se lembrava de tê-lo visto desde antes de irmos embora. E agora, o que fazer?

Nessa hora veio a minha cabeça tudo o que de pior podeira acontece: polícia, julgamento, cadeia... e o pior de todos os destinos: a reação da minha mãe ao contar que tinha saído sem ela saber e deixado o Fernando morrer afogado. Nessa hora a cadeia já não me parecia um lugar tão ruim... pois tem banho de sol uma vez ao dia, duas refeiçoes e o melhor de tudo, proteção policial contra os meus pais.

Todos desesperados, voltamos ao rio e procuramos por toda a parte...dentro do rio, nas pedras, até em cima das arvores. Aí começaram a surgir mais teorias, algumas envolviam assassinos, outras extraterrestres... Mas escuresceu... e a única opção (além de fugir pra Guiana) era voltar... voltar e encarar o que nos esperava.

Já chegando novamente, todos com as cabeças baixas, uns chorando, outros desesperados... vemos em frente à casa do Felipe os pais de alguns de nós, com caras que variavam desde preocupação até irritação.

 Todos os pais estavam tão bravos que foram nos arrastando pra casa, sem que nenhum de nós tivesse coragem de contar o que havia acontecido, nisso ouve-se da esquerda uma voz, uma voz conhecida, vinda da janela da casa do nosso finado amigo... era ele, perguntando por que havíamos demorado tanto pra vir embora e dizendo que havia vindo antes porque não tinha almoçado e estava morto de fome. Nessa hora o ódio substituiu o pranto e deste dia em diante todos prometemos jamais perdoar ele, pois no final,todos acabamos apanhando em casa. Mas ódio de criança é coisa boba, que logo passa, na semana seguinte já voltamos às boas com ele. Hoje em dia já não nos falamos mais, pois o tempo se encarregou de separar toda a turma, mas toda vez que o vejo, me lembro dessa história.

Como disse no começo, essa história é sobre meu amigo Fernando, grande Fernando, amigo que jamais será esquecido. Fernando, grandissíssimo filho da puta.

terça-feira, 6 de abril de 2010

Dos dias de frio

Curitiba, noite de uma terça-feira. Eu poderia muito bem parar de escrever por aqui e tudo já estaria explicado, mas acordei hoje com vontade de escrever um pouco, além do que, nos últimos anos nem toda noite curitibana tem sido tão fria. Vinte anos aqui e ainda não me acostumei com o clima local.

Como Foucault eu sempre digo, não há nada de todo bom ou de todo ruim, é sempre uma questão de contexto... Hoje, por exemplo, foi um dia perfeito, pois acordar bem tarde, tomar um chocolate quente ainda na cama e passar o dia enrolado nas cobertas assistindo a sessão da tarde e comendo pipoca com manteiga... eu estaria, como diria uma certa lapiana, pulando de alegria... mas foi esse o meu dia? claro que não! Acordei em plena madrugada (às 5:00) assustado com o celular tocando aquele som aconchegante que pode ser definido como algo entre um grito de criança e uma sirene no volume máximo. Como se já não bastasse, olho pela janela e no meio da penumbra o que vejo? chuva, muita chuva! e vento, não posso esquecer do vento... aquele que entra pela pele e trinca os ossos.

O dia já começou bem, mas foi aí que tudo melhorou, porque 7:30 tive uma prova gostosa de física3... isso, a mesma física3 que faço pela segunda vez, e do jeito que eu fui na prova ano que vem ainda estarei nisso.

Mas o ponto aqui não são minhas desventuras acadêmicas, e sim as alegrias desse dia de frio. Pois bem, depois de passar o dia todo tremendo igual mão de bêbado, vim embora mais cedo porque não teria aula de Magnetoquímica hoje, graças a Deus o que foi uma pena.

Dia dificil? Não! Agora a pouco descobri que estou gripado, sem ninguém pra cuidar de mim (óóóó) e o frio só está começando, pois a previsão é que o dia de amanhã traga temperaturas ainda menores. :(

Da citação necessária

Amigos
Tenho amigos que não sabem o quanto são meus amigos.
Não percebem o amor que lhes devoto
e a absoluta necessidade que tenho deles.

A amizade é um sentimento mais nobre do que o amor,
eis que permite que o objeto dela se divida em outros afetos,
enquanto o amor tem intrínseco o ciúme, que não admite a rivalidade.

E eu poderia suportar, embora não sem dor,
que tivessem morrido todos os meus amores,
mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos !

Até mesmo aqueles que não percebem o quanto são meus amigos
e o quanto minha vida depende de suas existências ...
A alguns deles não procuro, basta-me saber que eles existem.

Esta mera condição me encoraja a seguir em frente pela vida.

Mas, porque não os procuro com assiduidade,
não posso lhes dizer o quanto gosto deles.
Eles não iriam acreditar.

Muitos deles estão lendo esta crônica e não sabem
que estão incluídos na sagrada relação de meus amigos.

Mas é delicioso que eu saiba e sinta que os adoro,
embora não declare e não os procure.

E às vezes, quando os procuro,
noto que eles não tem noção de como me são necessários,
de como são indispensáveis ao meu equilíbrio vital,
porque eles fazem parte do mundo que eu,
tremulamente, construí,
e se tornaram alicerces do meu encanto pela vida.

Se um deles morrer, eu ficarei torto para um lado.
Se todos eles morrerem, eu desabo!
Por isso é que, sem que eles saibam, eu rezo pela vida deles.
E me envergonho, porque essa minha prece é,
em síntese, dirigida ao meu bem estar.
Ela é, talvez, fruto do meu egoísmo.

Por vezes, mergulho em pensamentos sobre alguns deles.
Quando viajo e fico diante de lugares maravilhosos,
cai-me alguma lágrima por não estarem junto de mim,
compartilhando daquele prazer ...

Se alguma coisa me consome e me envelhece
é que a roda furiosa da vida
não me permite ter sempre ao meu lado,
morando comigo, andando comigo,
falando comigo, vivendo comigo,
todos os meus amigos, e, principalmente,
os que só desconfiam
- ou talvez nunca vão saber -
que são meus amigos!
A gente não faz amigos, reconhece-os.

Vinicius de Moraes

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Dos Pecados capitais: Preguiça!

Falando com uns amigos hoje durante o almoço, percebi que um dos meus pecados capitais favoritos é a preguiça... ahh a preguiça... boa e velha companheira de luta. Mulheres vem e vão... amigos se mudam... empregos se perde... férias acabam... mas ela está sempre lá, para proporcionar tardes inteiras de contemplação às paredes e ao teto seja de casa ou da sala de aula... e para exercitar nossa criatividade na formulação de desculpas pra fugir das aulas e do trabalho...

É como diz um amigo meu, não é ser vagabundo, é mera questão de organização, trata-se de achar maneiras mais rápidas de fazer o que tem de ser feito e selecionar bem o que realmente precisa ser feito, por isso as pessoas podem ter a impressão de que somos vagais....

Tá, não sou a pessoa mais disposta desse mundo.... pra ser sincero, me entedio muito facilmente. O que, aliás, tem sido um problema durante toda a minha vida, até esse post foi interrompido diversas vezes entre quando o comecei até o momento em que o publiquei aqui. Outras situações curiosas causadas pela minha preguiça incluem o discurso da minha formatura do ensino fundamental, quando eu cortei metade do que estava planejado pra ser dito porque tava com sono já depois de 7 discursos... e também teve uma ficante que não deu certo porque em uma semana me fez sair de casa 6 vezes ¬¬' (nem a escola me tirava tanto de casa).

O que for preciso!

É curioso como há ocasiões em que fazemos coisas que normalmente nos pareceriam erradas ou até impensáveis. De um minuto para outro o que é errado parece certo e justificável. Calma, não estou falando de matar pessoas ou coisas do tipo, me refiro a situações em que mentir ou esconder certas verdades é a escolha que causa menos sofrimento.

Pense comigo, todos passam por isso... não é uma questão de obter proveito passando por cima dos outros, tem a ver com querer o bem das pessoas de quem gostamos. Só que para tanto, precisamos dizer ou fazer coisas que não correspondem necessariamente ao que sentimos ou pensamos.

Mas deixe-me ser mais direto, falo de quando aquele seu amigo te diz que está apaixonado pela garota mais linda  que você já viu e te pergunta se você acha que ele tem chances... o que você vai dizer? "claro que não, se toca e procura alguma alguma garota mais na tua faixa de possibilidades!"  ou vai tentar animar ele, dizendo algo como "claro que tem cara... mas ela parece meio metida... não sei se vale a pena..."  ?

Outro caso comum é quando sua namorada vem pra você e pergunta se está bonita... ou pior, ainda "qual vestido/sapato você prefere?", uma pergunta que nós homens tomamos como algo inocente, mas que na verdade está repleta de pormenores... ela na verdade já sabe o que vai usar, ela quer saber é se você presta atenção nela, se realmente a acha bonita... Mas essa mania feminina de esconder mil mensagens subliminares  nas conversas é assunto pra uma outra postagem..

O fato é, tanto nas relações humanas como na vida, não há conceitos definitivos de verdade ou mentira, de certo ou errado quando o que está em jogo são os sentimentos das pessoas que amamos.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Desocupado

Sempre achei isso de escrever em blog coisa de gente sem o que fazer...
Hoje, com quase vinte anos nas costas e ainda sem nenhuma fisico-quimica no currículo, ainda acho isso o cúmulo da desocupação. Por isso mesmo estou aqui, pra escrever um pouco, antes que comece a esquecer o pouco que a professora Andréia me ensinou lá na 1ª série... o que, pra ser sincero, já vem acontecendo.

É curioso, mas não se escreve muito no curso que escolhi, me dei conta disso quando percebi que escrevia "agente"... sim, tudo junto... e fiquei horrorizado ao me dizerem que estava errado. Na maior parte do tempo são números, cálculos, fórmulas... acho que a gente (agora aprendi que é separado =D) vai se especializando tanto que corre o risco de esquecer o básico... ontem tempos atrás, levei uns 10 minutos pra lembrar como fazia divisão por números com mais de 2 dígitos... o que me assustou, MUITO!

Ta, pra isso serve a Licenciatura, parte da Química onde realmente se escreve... e como se escreve...
As matérias de educação re-ensinam o significado da palavra "escrever", que acredito ter esquecido depois dos cálculos e físicas.

Contudo, todos têm suas promessas de final de ano (sim, também acho isso ridículo, porque ninguém cumpre, mas nesse caso vou me esforçar) e uma das minhas é a de não esquecer o que já aprendi, porque poxa vida, coitada da professora Andréia... a pobre se esforçou um monte pra colocar alguma coisa na cabeça daquele moleque preguiçoso e meio burro que sempre fui hehehe.